Naval aterroriza nos descontos! (2-1)

Quem julga que um jogo de futebol "termina aos 90 min" que se engane... e o Beira Mar sofreu isso bem na pele no Bento Pessoa, ontem à noite, frente à Naval. Uma partida atípica, é verdade, mas o futebol deu mais uma lição de que de facto só quando o árbitro apita é que acaba o encontro. A turma figueirense teve mais posse de bola e criou mais oportunidades para marcar, em especial na segunda parte. Contudo as surpresas acontecem e aos 86 min os aveirenses metem-se em vantagem no marcador através de André Leão, numa altura em que não mereciam, quando a equipa da casa mostrava superioridade e estava mais perto de marcar. A Naval não baixou os braços de forma alguma e foi sem medo para a frente á procura de justiça. E não é que deu o volteface já em período de descontos! Foi mesmo, em 2 min a Naval virou o resultado (Nei, 93, 95) a dar aos adeptos uma prenda que não se dá todos os dias certamente. No entanto é de destacar a grande atitude e vontade da equipa da Naval, que fim de semana após fim fim de semana vai provando que não foi por sorte que ficou na 1ºLiga. Com este triunfo subiu provisóriamente ao 2º lugar com 10 pontos em 5 jogos. Grande coração, grande equipa que este ano tem hipóteses de resolver a manutenção mais cedo. Para isso é preciso não ficar iludida com estas vitórias (três que já leva) e lutar em cada jogo como se fosse o último. No final os dois técnicos em declarações à SportTv tinham sentimentos opostos como é natural. Rogério Gonçalves referiu que apesar da sorte atípica no fim a sua equipa mereceu os três pontos. . «Foi bom ganhar. Tivemos alguma felicidade no modo em como garantimos a vitória. Agora, desde o início até ao fim do jogo tivemos sempre mais volume de jogo. O Beira-Mar foi feliz como chegou ao golo, mas nós não desistimos e acabámos por chegar à vitória. Nós merecemos este resultado», realçou Rogério Gonçalves. . Do outro lado Augusto Inácio era o rosto da tristeza e disse que estas derrotas marcam qualquer equipa. . «Custa muito perder deste modo, isto quando estávamos a ganhar a cinco minutos do fim do jogo. Foi uma partida de grandes emoções, onde nós também tivemos alguns condicionamentos durante o aquecimento. Agora, temos de tentar recuperar os jogadores deste resultado, mas é claro que este tipo de derrota deixa marcas» . Em jeito de remate final fica aqui a mensagem que há que acreditar até ao último segundo sempre. Claro que a sorte tem de existir mas, ela faz parte de qualquer jogo e é preciso ir atrás dela. A sorte protege os audazes.