Nova Ponte dos Arcos - Será desta?!!!

Agendada a consignação para Fevereiro, esta foi apenas em Maio. Com previsão de ser iniciada no início do verão, após a longa montagem do estaleiro e armazenamento de algum material de construção, iram finalmente iniciar-se em Setembro os trabalhos de construção da nova Ponte dos Arcos. Apesar da demolição da velhinha Ponte ter em alguns um efeito nostálgico, o que é certo é que há muito que esta obra era necessária, principalmente na época de verão (aos Fins-de-semana), quando as filas de transito na EN 109 chegam ao parque de campismo do Orbitur e dentro da freguesia de S. Pedro começam logo nas praias. O debate sobre a construção desta ponte remonta à época da construção da Ponte Edgar Cardoso, de modo a permitir a continuidade das 4 faixas de rodagem dessa ponte. O projecto foi no entanto sendo adiado, arquivado, esquecido, reformulado, até hoje. Mesmo após a conclusão do seu projecto, a sua consignação foi sendo adiada devido a conflitos entre a Estradas de Portugal (E.P.) e o Instituto Portuário e Transportes Marítimos (I.P.T.M.). Em causa estavam eventuais interferências do novo traçado da EN 109, de modo a permitir que o tráfego vindo de sul na EN109 não tivesse que entrar na rotunda, com a Marina da Gala recém construída. Já depois da consignação, o Empreiteiro aguardava ainda revisões de projecto. Tipicamente português não haver compatibilização entre projectos da responsabilidade de Entidades Públicas diferentes. Cada um olha para o seu umbigo. Todos estes atrasos e compatibilizações à posteriori custam ao estado milhões de euros, e o pior é que raramente (ou nunca) há responsabilização dos culpados pelo desleixe e inércia. Enfim, avante… Dado o volume de tráfego e a importância desta via, a obra será executada sem interrupções do tráfego automóvel e pedonal. Serão executadas duas vias novas nas laterais da velha ponte, sendo esta posteriormente demolida, dando lugar às 2 novas faixas. A nova ponte terá igualmente arcos, no separador central em vez de nas laterais garantindo que não se perderá por completo a imagem de marca desta ponte. Esta obra, da responsabilidade da E.P., a cumprir-se o planeamento e o orçamento, algo de muito raro neste país, custará 13,5 milhões de euros e será concluída em 20 meses, ou seja, ainda não será no verão de 2007 que os engarrafamentos, provocados pelo estrangulamento da EN 109 neste local, serão resolvidos ou no mínimo atenuados.