O Bacalhau: Salvação da Extinção

O "fiel amigo" está em vias de extinção, prevendo-se o seu desaparecimento lá para meio do século. Isto, ao ritmo de consumo actual. Português que é português não prescinde do belo Bacalhau na ceia de natal Assim, nesta nova era, e se nada for feito, a ceia de natal à portuguesa vai sofrer mudanças radicais, trocando-se o "fiel amigo" por aves encharcadas de nitrofuranos e afins. No jornal "o Público" de hoje (27-12-2006), o conhecido jornalista e professor universitário Joaquim Fidalgo, tráz à luz do dia uma ideia para salvar o Bacalhau, deveras interessante, apesar de um pouco Utópica. Diz ele: "Tanto quanto sei, lá pelos mares ainda vai havendo uns bacalhauzitos, mas a rapidez com que os pescamos às manadas é muito superior ao tempo que eles necessitam para se irem reproduzindo" (descubriu a polvora). Bem, "às manadas"? Isto é o que faz juntarem o ministério das pescas com o da agricultura, as pessoas ficam confusas... manadas de bacalhaus, cardumes de vacas, varas de patos etc... Mas o interessante vem a seguir, a respeito do grande consumo de bacalhau pelos portugas. "Bastava passarmos todos a consumir menos e a pressão sobre a pesca também aliviaria" Ora aí está uma questão em que Portugal pode ter influência a nivel mundial-O Bacalhau. "Se não somos potência nuclear, se não mandamos homens à lua, se não conseguimos invadir o Iraque, se não temos minas de ouro e diamantes..., podemos ao menos salvar o bacalhau" Passamos a comer bacalhau só em ocasiões festivas, tipo só no Natal, a pesca era obrigada a diminuir devido às leis de mercado (oferta e procura) e salvavamos uma espécie da extinção certa. A ver se me lembro da proxima vez que for jantar fora, pedir uma pescadinha, em vez de uma bela posta do "fiel amigo". Mas daí, sou só um. Sozinho não tenho hipotese de fazer esse feito. Se calhar é melhor deixar tudo na mesma e esperar pelos "bacalhaus de cativeiro" já criados em alguns países nordicos. Como diz o slogan, "Bacalhau, só o da Noruega" e eles lá estão a fazer questão disso, pescam-no, secam-no e agora criam-no. . R.M.